terça-feira, 3 de junho de 2008

LITERATURA

Quando se trata de literatura, rapidez na produção não é sinônimo de qualidade. Seguindo esta linha de raciocínio, surgiu o Prêmio Jabuti, em alusão ao vagaroso animal, símbolo de paciência. Na cerimônia marcada para dia 31 de outubro, o evento terá um brilho extra: a comemoração de cinco décadas de existência.Concedido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), o Jabuti consolidou-se como o mais importante do gênero. Que o digam autores vencedores da estatueta, como o romancista amazonense Milton Hatoum. "Na verdade, quem ganha não somos nós, mas os próprios livros. O autor agradece e tenta corresponder às expectativas dos leitores", afirma ele, que, num mesmo ano (2006), abocanhou dois Jabuti, por "Cinzas do Norte", nas categorias Melhor Romance e Livro do Ano.Um dos diferencias da premiação é o espaço não somente aos autores, mas aos que participam do processo de criação. Ao todo, 20 categorias são definidas por jurados, cujos nomes permanecem em segredo até a noite da premiação. "De certa forma, é uma alternativa para preencher a lacuna de que, no País, há poucos prêmios aos criadores", justifica José Luiz Goldfarb, que atua como curador do Jabuti desde 1990.SurpresasConforme antecipa José Luiz, a última noite de outubro, na Sala São Paulo, na capital paulista, será marcada por surpresas e nostalgia. "Convidaremos pessoas que já ganharam para a entrega dos prêmios. A proposta é fazer uma mistura do que é o Jabuti hoje e do que foi no passado", declara.Quanto às apostas para a edição de 2008, como as inscrições não foram encerradas (a organização prorrogou-as até 30 de maio), o curador diz que é cedo para citar nomes ou obras. "Hoje, as próprias editoras fazem um processo de pré-seleção, facilitando ainda mais nosso trabalho. Tudo isso em função da credibilidade que o Jabuti conquistou ao longo de 50 anos", comemora José Luiz. Para citar alguns profissionais que fizeram história no Prêmio Jabuti, Caco Barcellos (2004, por "Abusado", categoria Jornalismo); Chico Buarque (2004, por "Budapeste", categoria Livro do Ano) e Jorge Amado (1959, "Gabriela, Cravo e Canela", Romance).

Texto: Divulgação.

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