
Por Sky Rodrigues
Não há como contestar que a Bossa Nova foi um divisor de águas na história da música brasileira. Os papas que construíram esse movimento têm nome garantido na galeria mais importante do cenário musical.
Cinqüenta anos depois, estamos vivenciando homenagens, shows, tributos, etc. Mas tem um certo senhor, discretíssimo, que passa o dia inteiro trancado em casa, não recebe ninguém, não dá entrevistas, que está, me desculpem o termo, cagando e andando pra tudo isso.
Recentemente, a folha lançou uma coletânea com a história da Bossa e a obra das principais figuras que viveram esse período: Tom Jobim, Roberto Menescal, Nara Leão, Vinícius e muitos outros estão lá, menos o todo poderoso João Gilberto.
Os shows realizados pelo mundo têm preço muito acima da média (não estou discutindo preço pois a boa produção é cara mesmo), quem pode pagar vai. Mas, não adianta reclamar do calor, porque o homem manda desligar todos os aparelhos de ar refrigerado, a platéia tem que ficar quietinha senão o show pára. ah! E aquela luz está muito forte no rosto do senhor JG (apague por favor..) Os operadores de PA e monitor, coitados, rezem o Salmo 90 antes de começar o evento.
Nossa estrela chegou com 1 hora e meia de atraso.
Tudo bem, ele pediu desculpas ao público dizendo que isso quase nunca acontece.
E ali estavam todos absolutamente entorpecidos e “comportados” diante da grandiosidade daquele que criou a Bossa Nova.
Como se explica isso?
Por favor, nos ajude a descobrir o que aconteceu com o público que mais parece hipnotizado pelo bôto. (ainda bem que o show não foi aqui no Amazonas, senão...)
Ora, paciência meu nêgo!
Ainda acho que a grande estrela é quem vai ao show, compra o cd, baixa a música na internet e faz a festa. Quando esse público começa a se tornar refém do ego de homens como o Sr. João Gilberto, significa que a obra perde o valor real e se torna coadjuvante diante da frescurite do artista.
Quem vem primeiro? A obra ou o criador?
Com todo o respeito, o sr. JG pode voltar pra casa e desfrutar da tranquilidade que lhe é de direito.
Apesar de sua ausência, vamos continuar vivendo e ouvindo bossa.
Como diria Cazuza: O tempo não pára!
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