
Vamos falar de um caboclo que nasceu em Roseiral, às margens do Paraná de Serpa, município de Itacoatiara. Élson Farias, viveu a infância à beira do rio e conheceu desde cedo as estórias contadas pelo tio Luiz, que o introduziu aos mistérios da floresta e dos ribeirinhos da Amazônia.
Depois, veio pra Manaus e integrou o “Clube da Madrugada”, um movimento de renovação das letras.
Em seguida, veio a Academia Amazonense de Letras, da qual é o atual presidente, ocupando a cadeira de número 12.
Depois, veio pra Manaus e integrou o “Clube da Madrugada”, um movimento de renovação das letras.
Em seguida, veio a Academia Amazonense de Letras, da qual é o atual presidente, ocupando a cadeira de número 12.
O poeta é um dos mais prestigiados da região e tem um trabalho de difusão das letras pelos quatro cantos da cidade de Manaus. O que mais encanta na poesia de Élson Farias é o amor que manifesta por sua terra, pela natureza, com um estilo regional sem ser regionalista.
Com tanta coisa pra contar, ele se inspirou em um personagem da vida real chamado José Eugênio, o Zezé, seu filho, com D. Roseli, para criar “As aventuras de Zezé”, um menininho que observava o pai sentado na beira do rio Amazonas contando as estórias da floresta.
Com tanta coisa pra contar, ele se inspirou em um personagem da vida real chamado José Eugênio, o Zezé, seu filho, com D. Roseli, para criar “As aventuras de Zezé”, um menininho que observava o pai sentado na beira do rio Amazonas contando as estórias da floresta.
O Zezé do livro, nasceu quando o de verdade já estava com 5 anos e já virou uma coletânea com 10 livros para crianças da 1 à 4 séries.
Mas, tanto a poesia infanto-juvenil quanto as obras para o público adulto, têm a magia e encantamento telúrico.
O GRILO - 1980 - (ÉLSON FARIAS)
Mas, tanto a poesia infanto-juvenil quanto as obras para o público adulto, têm a magia e encantamento telúrico.
O GRILO - 1980 - (ÉLSON FARIAS)
O pequeno grilo,
incrivelmente,
carrega na crista dos ruídos de suas asas
um violino agressivo,
fino serrote numa cantiga velha como a serra.
Os mínimos gritos da noite
Os mínimos gritos da noite
se registram na conta dos grilos,
infimamente,as corujas se resumem,
os sapos, todos nos ais do grilo,
humildemente, só.
Quando a noite se deita,
Quando a noite se deita,
silenciosamente, só se ouve a solidão
acalantando o sono das plantas
nas folhas recurvadas, onde o grilo afina
o áspero violino.
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