sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

CAPITAL BRASILEIRA DA CULTURA


A corrida para se tornar a capital brasileira da cultura em 2010 já começou!

Até 31 de maio as prefeituras de todo o país que estejam interessadas no título podem se inscrever.

O projeto CBC é uma iniciativa com abrangência nacional, que foi implementado pela Organização Capital Brasileira da Cultura (ONG CBC) e está aberta a participação de todos os municípios do Brasil. O projeto conta com o apoio dos ministérios da Cultura e Turismo e de entidades nacionais e internacionais.

Em 2008 foi eleita a cidade de São Luis para o ano de 2009 e a escolhida deste ano será nossa representante em 2010.

Os objetivos do projeto são: valorizar e promover a cultura brasileira em todas as suas formas de expressão; contribuir para difusão da identidade e diversidade cultural do nosso país; colaborar nos processos de integração e inclusão social através da cultura.

A cidade que quiser participar do concurso deverá solicitar o
formulário de candidatura à ONG CBC, e apresentar a documentação
exigida pelo regulamento, acompanhada de uma carta do prefeito.
A seleção das candidaturas apresentadas pelas prefeituras será feita
por uma comissão julgadora formada pelos órgãos e entidades que
apóiam o projeto. Em 30 de junho de 2009 será eleita a cidade que
receberá o título de Capital Brasileira da Cultura 2010, a quinta da
história, após Olinda (2006), São João Del-Rei (2007), Caxias do Sul
(2008) e São Luís do Maranhão (2009).
A cidade eleita como Capital Brasileira da Cultura 2010 deverá
desenvolver durante o ano, o programa de atividades proposto na
candidatura, que tenha como objetivos valorizar e divulgar seu
patrimônio cultural material e imaterial, obtendo com isto muitos
benefícios para seu desenvolvimento social e econômico.
Mais informações através do site

www.capitalbrasileiradacultura.org ou e-mail info@capitalbrasileiradacultura.org

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

PRÊMIO ENERGIAS NA ARTE


Estão abertas as inscrições para o Prêmio Energias na Arte. As inscrições são gratuitas, podem ser feitas até 16 de janeiro de 2009 e os interessados devem ter, no máximo, 27 anos e morar no Brasil há dois.

Idealizado para estimular a produção artística entre o público jovem e descobrir novos talentos da arte contemporânea brasileira, o prêmio é o carro-chefe do Instituto EDP Energias do Brasil no segmento de artes plásticas em parceria com o Instituto Tomie Ohtake.
Mais informações e o regulamento completo, com prazos de entrega dos trabalhos, estão disponíveis no site do Instituto Tomie Ohtake .

A premiação ocorrerá em cerimônia na abertura da exposição no dia 20 de maio de 2009.

domingo, 5 de outubro de 2008

NEM TODO BREGA É CORNO E NEM TODO CORNO É BREGA....


O Festival da Cachaça e da Rapadura, Bregareia, da belíssima cidade de Areia, na Paraíba, não deixa dúvida alguma de que se trata de um dos maiores eventos do estado, que reúne milhares de pessoas que ao mesmo tempo em que visitam a cidade para viver o Festival também aproveitam para curtir aquele frio de lascar beiços, e aí só mesmo tomando uma lapada da maldita pra encarar a noite recheada de pessoas vestidas a caráter. Meu amigo jornalista e escritor Pereira Nascimento não perde uma só edição e já é figura conhecida dos cantores que passam por lá. Mas, além da beleza do Festival, outro fato me chamou atenção. Lendo a programação musical deste ano percebi que, não tem nada ou quase nada de brega nas atrações musicais, e parece que o mundo da música brega gira em torno de Reginaldo Rossi. Peraí! Vamos com calma tentar refletir nesse ponto: Se brega não é sinônimo de Corno, logo, nem todo corno é brega e nem todo brega é corno (Aurélio- Brega:Toureação - Ato de tourear; lide, toureio. Corno: Chulo Marido de adúltera; cabrão, aspudo, cervo, faz-de-conta, cornudo, chifrudo, galheiro, galhudo, cabrum, mumu.). Então, parece que estamos sendo levados pela força da mídia a um equívoco com grandes proporções de irresponsabilidade e ignorância. Veja o que diz a maior biblioteca livre do planeta: Wikipédia- Historicamente, os maiores cantores do gênero brega legítimo estão no nordeste brasileiro, sendo dois de seus maiores ícones na atualidade o pernambucano Reginaldo Rossi e o cearense Falcão, este último seguindo uma linha de brega humorístico. Viram? Por isto, a Reginaldo eu dou um desconto pelo seu jeito brega autêntico de ser mas, para Falcão, puro personagem, dou ZERO até por que o rapaz não tem musica brega. Para a Wikipédia, que foi enganada por alguém apenas lamento, pois falar de música brega sem citar Raimundo Soldado, Populares de Igarapé-Mirim, Frankito Lopes o Índio Apaixonado, Antonio Marazona, Sandrinha a Pepita dos Garimpeiros, Nonato do Cavaquinho, Berg Guerra, Abilio Farias, Adilson Ramos, Evaldo Braga, Alberto Kelly, Almir Rogério, Bartô Galeno, Carlos Alexandre, Carlos André, Carlos Santos, Wando, Waldick Soriano, Tony Damito, Angelo Maximo, Barros de Alencar, Elymar Santos, Fernando Mendes, Francis Lopes, Odair José, Nilton César, Maurício Reis, Mardonio, Lindomar Castilho, Jane & Herondy, Geraldo Nunes, Amado Batista e tantos e tantos... até mesmo gente da televisão passou pela música brega como as atrizes Elizângela, Elke Maravilha e Gretchen, a radialista Márcia Ferreira, a dançarina Rita Cadillac e até Roberta Close, teve seu momento brega assumido. O estilo brega é bonito quando feito por verdadeiros representantes do gênero, Sidney Magal é lindo mas ninguém quer chamá-lo de brega, e o que é, então? Waldick, esse sim, o representante maior nunca precisou falar de chifres e toda sua obra é o que podemos chamar de clássicos do brega. Rossi, no entanto, depois que canta Garçon, fica enrolando o resto do tempo com histórias de corno. Quem de nós haverá de negar que os solos de guitarra de Aldo Sena nada tem a ver com brega? Eu sei que devemos ultrapassar as fronteiras, até mesmo as do pensamento porém, respeitando os limites da música pop, do rock, do samba, do brega... para que não se façam confusões e para que não se percam referencias importantes como esta do brega. O Almanaque da Música Brega, de Antonio Carlos Cabrera, que me foi enviado por Sky Rodrigues, diz o seguinte: “ A linha entre o mau gosto e o brega é tênue, porém, bem definida. Dizer que a namorada o trocou por outro com rimas fáceis e palavras símples, num arranjo musical sem grandes elaborações, pode ser chamado de brega. Por outro lado, referir-se maliciosamente a alguem, utilizando-se de frases de duplo sentido, palavras de baixo calão ou temas esdrúxulos, é mau gosto. Quando o artista baixa o nível, ele fatalmente cria algo de mau gosto. Por outro lado, existem músicas com trocadilhos que conseguem permanecer longe do que se convencionou chamar de trash atualmente. Mas quem vai avaliar não é você!” Que o Festival da Cachaça e da Rapadura não perca seu brilho jamais, apenas seus produtores precisam mantê-lo autêntico para que seja melhor e maior a cada edição e, que possam promover palestras sobre a propria festa, os artistas sobre o gênero musical e os usineiros sobre seus produtos derivados da cana, teremos então um evento completo, digno de mídia nacional e internacional pois consolidado já está.



Nilson Sótero
(nilsonsotero2@hotmail.com)

Caricatura: Elvis

terça-feira, 2 de setembro de 2008

CAPITAL BRASILEIRA DA CULTURA - 2009


A cidade de São Luís (MA) foi escolhida a Capital Brasileira da Cultura 2009, informou hoje, na Espanha, o Birô Internacional de Capitais Culturais.

A organização divulgou um comunicado no qual explica que São Luís foi escolhida por um júri constituído por representantes dos Ministérios da Cultura e de Turismo do Brasil, de anteriores capitais culturais e do próprio birô.

As outras cidades candidatas a esta nomeação eram Areia (PB), Mariana (MG), Montenegro (RS) e Senador Pompeu (CE).

São Luís, cidade fundada pelos franceses em 1612, com uma população de 1 milhão de habitantes, tem um centro histórico declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1997.

Também já foram Capital Brasileira da Cultura as cidades de Olinda (PE), em 2006, São João del Rei (MG), em 2007, e Caxias do Sul (RS), este ano.

Fonte: uol.com.br

terça-feira, 26 de agosto de 2008

LIPO - ASPIRAÇÃO .????


Pelo amor de Deus, eu não quero usar nada , nem ninguém, nem falar do que não sei, nem procurar culpados, nem acusar ou apontar pessoas, mas ninguém está percebendo que toda essa busca insana pelo estética ideal é muito menos lipo-as e muito mais piração?

Uma coisa é saúde, outra é obsessão. O mundo pirou, enlouqueceu. Hoje, Deus é a auto imagem. Religião é dieta. Fé só na estética. Ritual é malhação.

Amor é cafona, sinceridade é careta, pudor é ridículo, sentimento é bobagem.

Gordura é pecado mortal. Ruga é contravenção. Roubar pode. Envelhecer, não!

Estria é caso de polícia. Celulite é falta de educação. Filho da puta bem sucedido é exemplo de sucesso.

A máxima moderna é uma só: pagando bem, que mal tem?

A sociedade consumidora, a que tem dinheiro, a que produz, não pensa em mais nada que não seja a imagem, imagem, imagem, imagem, estética, medidas, beleza. Nada mais importa. Não importam os sentimentos, não importa a cultura, a sabedoria, o relacionamento, a amizade, a ajuda, nada mais importa.

Não importa o outro, o coletivo. Jovens não têm mais fé, nem idealismo, nem posição política. Adultos perdem o senso em busca da juventude fabricada.

Ok, eu também quero me sentir bem, quero caber nas roupas, quero ficar legal. Caminhar, correr, viver muito, ter uma aparência legal, mas...

Uma sociedade de adolescentes anoréxicas, bulímicas, de jovens lipoaspirados, turbinados aos vinte anos não é natural. Não é, não pode ser.

Que as pessoas discutam o assunto, que alguém acorde, que o mundo mude.

Que eu me acalme, que o amor sobreviva.

Cuide bem do seu amor, seja quem for...

Herbert Vianna

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

MELHOR ASSIM

Por Ronaldo Monte
Poeta e escritor
Talvez eu não fosse este homem
se ao chegar numa esquina da vida
tivesse dobrado para o outro lado.
Não sei se o caminho que fiz
foi o melhor, o menos árduo.
Não sei que outro homem seria
se fossem outras as ruas,
outras as pessoas,
fossem outros os bares e igrejas
em que rocei meu corpo e minha alma.
Mas eu prefiro assim,
esse um e não outro.
Prefiro assim,
essas marcas
e esse andar um pouco penso.
Prefiro estas mãos ansiosas
que estalam por si mesmas,
essa miopia de infância,
esse joelho inseguro.
Eu prefiro essa história
feita de encruzilhadas
em que me encontro
a cada vez
atônito
e só.


Foto: Ana Patrícia

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

A ARTE DE SER FELIZ





Cecília Meireles





Houve um tempo em que minha janela


se abria sobre uma cidade que parecia ser feita de giz.


Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde, e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas.


Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse.


E eu olhava para as plantas, para o homem,


para as gotas de água que caíam de seus dedos magros


e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor.


Outras vezes encontro nuvens espessas.


Avisto crianças que vão para a escola.


Pardais que pulam pelo muro.


Gatos que abrem e fecham os olhos,


sonhando com pardais.


Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar. Marimbondos que sempre me parecem


personagens de Lope de Vega.


Ás vezes, um galo canta.


Às vezes, um avião passa.


Tudo está certo, no seu lugar,


cumprindo o seu destino.


E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas,


que estão diante de cada janela,


uns dizem que essas coisas não existem,


outros que só existem diante das minhas janelas,


e outros, finalmente,


que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.